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Dezembro vira mês-chave para estruturar 2026
Especialista afirma que o fim do ano deve ser usado para definir metas, mapear processos e planejar automação com IA; pesquisas mostram tecnologia entre as prioridades estratégicas das empresas para 2025 e 2026
Com o avanço da transformação digital e a consolidação da inteligência artificial (IA) como eixo de competitividade, dezembro tem se tornado um mês estratégico para empresas que desejam entrar no próximo ciclo com estrutura reforçada. Pesquisas recentes mostram que organizações brasileiras estão acelerando investimentos e alinhando equipes para 2026.
Levantamento da SAP Brasil aponta que 44% das empresas já registram resultados concretos com IA, enquanto outras 46% acreditam que colherão ganhos em 2026. Em paralelo, estudo da Bain & Company mostra que 67% das organizações nacionais colocam a IA entre as cinco principais prioridades estratégicas para 2025, com ganhos médios de 14% em produtividade entre aquelas que já utilizam IA generativa.
Fim do ano deve ser tratado como fase de ação, não de espera
Para o consultor de inteligência artificial e gestão de processos Bruno Castro, do Grupo Sável, dezembro é o período decisivo para preparar a empresa para o próximo ano — e não apenas para revisões anuais. “Não espere janeiro para começar a arrumar a casa. Se você quer entrar em 2026 com estrutura, o trabalho tem de começar agora”, afirma.
Segundo Castro, quatro pilares devem orientar o planejamento de fim de ano:
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Definição de metas claras por equipe
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Reuniões frequentes de acompanhamento
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Automação com IA adequada à realidade do negócio
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Mapeamento detalhado de processos
Para o especialista, metas individuais e setoriais são um ponto de partida obrigatório. “Sem clareza, o processo vira adivinhação. Quando você define o que cada setor vai entregar, o caminho fica visível.” Reuniões de acompanhamento, acrescenta, funcionam como “pulso da operação”: “Se você não sabe o que está acontecendo agora, está reagindo — não dirigindo.”
IA exige alinhamento estratégico, não apenas aquisição de sistemas
Mesmo com a ampliação da adoção de IA, Castro afirma que empresas ainda confundem tecnologia com solução automática. “IA sem planejamento é desperdício de dinheiro. Se a empresa compra um sistema, instala e espera que ‘faça tudo sozinho’, vai se decepcionar”, diz.
Segundo ele, automação eficaz depende de três fatores:
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clareza sobre o problema,
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diagnóstico preciso dos processos
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integração com a operação real.
Dados nacionais reforçam a necessidade de maturidade. Estudo da IDC/Lenovo mostra que 68% das empresas brasileiras já adotam IA, mas enfrentam limitações estruturais e falta de expertise interna, o que impede ganhos mais consistentes.
“É essencial saber quem faz o quê, o que entra, o que sai e onde estão os gargalos. Sem isso, qualquer tentativa de melhoria vira palpite”, afirma Castro. O consultor ressalta que dezembro oferece o timing ideal para ajustes, permitindo que empresas iniciem janeiro “com menos improvisação e mais escala”.
Disciplina, cultura e alinhamento definem o sucesso em 2026
Castro destaca que o papel da liderança é determinante para que o planejamento se converta em rotinas de execução. “Consultoria entrega o ‘como’, mas o sucesso depende da empresa seguir o que foi estabelecido — e isso exige disciplina. Disciplina no topo gera adesão na equipe”, diz.
Para empresas que buscam crescimento estruturado em 2026, o especialista faz um alerta: “Não deixe para o primeiro dia do ano o que pode ser construído agora.” Segundo ele, começar o processo em dezembro garante que “a engrenagem entre janeiro já esteja alinhada, acionada e pronta para rodar — e não apenas reagindo”.