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'Sobreviventes' de demissões sentem medo e reclamam do excesso de trabalho
Para consultor, para se manter no emprego é preciso controle emocional.
Mariana Oliveira
Trabalhadores que continuaram no emprego após as demissões em razão da crise financeira afirmam estar com medo de "ser o próximo" e dizem que quem ficou está sobrecarregado de trabalho.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Hebert Claros da Silva, trabalha na Embraer, empresa que demitiu mais de 4 mil funcionários da produção em fevereiro por conta da crise.
"O clima é ruim porque na verdade a produção não diminuiu. Se verificar  as entregas dos últimos meses não teve grandes diferenças. Estamos produzindo  quase o mesmo com menos funcionários", disse Hebert, que tem estabilidade no  emprego por pertencer ao sindicato. 
Ele diz trabalhar atualmente sozinho  em uma máquina fresadora. Mas antes dos cortes, segundo afirmou, eram mais  dois.
"Eu estou trabalhando sozinho, mas se meu chefe disser que tenho que entregar  algo rápido e eu perceber que não dá tempo, vou dizer a ele. Mas um trabalhador  normal, que não tem estabilidade, tem medo de dizer e acaba fazendo. Com isso,  aumentam os riscos de acidente de trabalho", comentou. 
Procurada pelo  G1, a Embraer negou que os trabalhadores estejam  sobrecarregados.
