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Hipnose terapêutica: o que é fato, o que é mito e como funciona na prática clínica

Técnica reconhecida pela ciência ajuda a ressignificar memórias emocionais, reduzir sintomas e transformar padrões de comportamento

Autor: Brunna DolgoskyFonte: De Assessoria de Imprensa

Embora a hipnose ainda desperte curiosidade e desconfiança, a hipnose terapêutica tem se consolidado como uma prática clínica segura, amparada pela Psicologia, Medicina e demais áreas da saúde. Uma revisão sistemática e meta-análise publicada no Journal of Clinical Medicine, conduzida por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, analisou evidências sobre o uso da hipnose médica na prevenção e no tratamento da dor aguda e crônica, reforçando sua eficácia clínica em diferentes contextos. Diferentemente da imagem popularizada em filmes e palcos, o método não envolve controle da mente, mas sim um estado de atenção concentrada que permite acessar e reorganizar padrões emocionais e comportamentais.

Segundo a psicóloga e hipnoterapeuta Brunna Dolgosky, o primeiro passo para entender a técnica é separar mito de ciência. "A hipnose terapêutica é um procedimento clínico fundamentado em princípios psicológicos e neurofisiológicos. Ela não tem nada a ver com o espetáculo teatral da hipnose de entretenimento", afirma. Enquanto shows usam participantes altamente sugestionáveis para criar a ilusão de controle, a prática clínica segue protocolos éticos, consentimento informado e intervenções planejadas para objetivos específicos, como tratar ansiedade, dores, fobias ou comportamentos compulsivos.

Como funciona no cérebro e por que gera mudanças profundas

Do ponto de vista científico, o transe hipnótico altera momentaneamente a comunicação entre áreas cerebrais ligadas à atenção, emoção e percepção. Esse estado amplia o acesso a memórias e associações inconscientes que influenciam comportamentos automáticos. "A hipnose cria um ambiente mental seguro e neurofisiologicamente propício para reestruturar padrões emocionais e comportamentais que mantêm o sofrimento psíquico", explica Brunna.

Esse é o mecanismo por trás da reconsolidação de memória, que é o processo em que uma lembrança é acessada, reinterpretada e atualizada. Quando isso acontece, o cérebro deixa de repetir a resposta disfuncional que antes sustentava medos, compulsões ou sintomas psicossomáticos.

Resultados e aplicações

A hipnoterapia costuma gerar mudanças perceptíveis em poucas sessões, mas o tempo total depende da profundidade do problema e da abertura do paciente ao processo. A técnica é indicada tanto para questões emocionais, como fobias, ansiedade, bloqueios e autossabotagem, quanto para sintomas físicos de origem psicossomática.

No emagrecimento, por exemplo, a hipnose atua nas raízes emocionais que levam à compulsão alimentar. "O excesso de comida raramente é fome fisiológica; quase sempre é uma tentativa de aliviar ansiedade ou preencher um vazio emocional", destaca Brunna. Ao ressignificar essas associações, o comportamento muda de forma natural e sustentável.

Segurança e escolha profissional

Para garantir eficácia e segurança, o processo deve ser conduzido por profissionais da saúde mental com especialização em hipnose clínica. "Um bom profissional trabalha com ética, clareza, avaliação detalhada e nunca faz promessas milagrosas", reforça Brunna. Ela lembra que, em alguns casos, a técnica deve ser combinada a acompanhamento médico ou psicológico.

Sobre Brunna Dolgosky

Brunna Dolgosky é empresária, psicóloga, hipnoterapeuta, pós graduada em Arteterapia e pós graduanda em neurociência. Com uma trajetória marcada pela curiosidade intelectual e paixão pelo cuidado com o ser humano, Brunna Dolgosky teve sua vida pessoal e profissional transformada após conhecer a hipnose, primeiro como paciente e, depois, como profissional.