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Entre algoritmos e pessoas: por que o futuro das redes sociais deve ser mais humanizado

É curioso observar que, enquanto discutimos obsessivamente como ganhar seguidores, viralizar trends e aumentar cliques, esquecemos o básico: redes sociais foram criadas para socializar

Autor: Karina JacobFonte: De Assessoria de Imprensa

É curioso observar que, enquanto discutimos obsessivamente como ganhar seguidores, viralizar trends e aumentar cliques, esquecemos o básico: redes sociais foram criadas para socializar. A promessa original era simples: conectar pessoas. Mas, em algum ponto, trocamos conexões por métricas. E agora, no auge da automação, da inteligência artificial e da hiperaceleração dos feeds, chegamos a um paradoxo: nunca produzimos tanto conteúdo... e nunca estivemos tão desconectados.

A questão que eu trago é direta e desconfortável: do que adianta ter uma rede social se você não está realmente disposto a se conectar verdadeiramente com alguém?

Engajamento é número. Reconhecimento é relação.

Fala-se muito em engajamento como se fosse o ápice da construção de marca. Mas engajamento é consequência, não causa. O que de fato consolida uma marca forte, seja ela pessoal, profissional ou empresarial, é reconhecimento.

E reconhecimento não se compra, não se força, não se burla com hacks.

Reconhecimento nasce quando alguém se vê em você: na sua história, no seu jeito de enxergar o mundo, na sua voz, nas suas vulnerabilidades e até nas incoerências. É sobre verdade, não sobre performance.

E isso só acontece quando há comunicação humanizada. Humanizada não no sentido "fofo e acolhedor", mas no sentido real, intencional e transparente.

Postar mais não é postar melhor e o público já percebeu isso

O discurso da constância virou quase uma religião no marketing digital. Mas postar todos os dias, sem intenção, é como falar sem parar e não dizer absolutamente nada. O público não está buscando criadores onipresentes, está buscando criadores honestos.

Mostrar bastidores, opiniões, aprendizados, dúvidas, visões de mundo... isso constrói profundidade. E profundidade cria conexão.

E conexão cria confiança. Só então vem o engajamento, como um efeito colateral da verdade.

Em tempos de IA, ser humano virou diferencial competitivo

E aqui entra um ponto crítico que muitas marcas insistem em ignorar. A pesquisa global AI Monitor 2025, da Ipsos, realizada em 30 países, incluindo o Brasil, revela um movimento interessante: quando questionadas sobre suas preferências entre conteúdos criados por inteligência artificial ou por humanos, 62% das pessoas afirmam preferir campanhas produzidas por pessoas. Isso vale tanto para anúncios tradicionais quanto para vídeos que dominam plataformas como TikTok e YouTube. Por outro lado, apenas 22% dizem optar pelo material gerado por IA.

Em outras palavras: a tecnologia avança, mas a confiança continua sendo profundamente humana.

Mesmo com a sofisticação das ferramentas, o público ainda valoriza o que parece ter sido criado por alguém real, com intenção, subjetividade, experiência e imperfeições que não cabem em um prompt.

Esse dado confirma o que observo diariamente no meu trabalho: em um cenário onde conteúdos automatizados se multiplicam e começam a soar todos iguais, a única vantagem competitiva que permanece exclusiva das pessoas é aquilo que a IA não consegue replicar: histórias, sensibilidade, vulnerabilidade e verdade.

Marketing humanizado não é técnica, é escolha ética

Defendo o marketing humanizado porque ele recoloca o ser humano no centro da comunicação. Porque ele protege a autenticidade em um cenário onde o conteúdo se tornou produto industrial. E porque ele lembra que do outro lado da tela nunca existe um algoritmo, existe alguém que sente, escolhe, duvida, confia e se relaciona.

Humanizar não é exibir uma versão perfeita do seu dia, mas mostrar o que existe de verdadeiro no seu fazer. Não é sobre "contar uma história bonita", mas sobre viver o que você comunica.

No fim, não importa quantos seguidores você tem, quantos likes você recebe ou quantos Reels viralizam. O que importa, o que fica, é quem você toca.

E isso só acontece quando você escolhe se comunicar como um ser humano de verdade.

Karina Jacob é formada em Relações Públicas, atua como Social Media e é especialista em Gestão de Redes e Marketing Humanizado.