As compras de Natal estão movimentando o comércio eletrônico em todo o país. Com grande parte dos consumidores optando pelo online pela praticidade, variedade de ofertas e rapidez na entrega, cresce também o número de problemas envolvendo atrasos, propagandas enganosas, falhas na entrega, golpes e dificuldades no pós-venda. Segundo estimativas preliminares do setor, o varejo digital deve registrar alta expressiva no volume de pedidos neste Natal, impulsionado especialmente pelos marketplaces e pelo aumento do ticket médio.

Diante dessa expansão, o momento exige mais atenção e informação por parte dos consumidores. "O art. 6º do Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante direitos básicos essenciais, como informação clara, proteção contra publicidade enganosa e reparação por danos materiais ou morais. No período de Natal, quando a demanda cresce e as compras acontecem de forma acelerada, esses direitos se tornam ainda mais relevantes", explica Mário Henrique Martins, advogado do Martins Cardozo Advogados Associados e especialista em Direitos Difusos e Coletivos.

De acordo com o especialista, esses direitos ganham ainda mais relevância em períodos de alta exposição a ofertas, como Black Friday e Natal. "É quando o consumidor se depara com um volume muito grande de promoções que, por vezes, não entregam a vantagem prometida. Nesses casos, é essencial redobrar a atenção e adotar práticas preventivas antes de concluir a compra", alerta.

Pensando nisso, o advogado listou cinco dicas fundamentais para evitar dores de cabeça durante as compras:

1. Organize o planejamento financeiro com antecedência

"O primeiro passo para evitar sufoco no fim do ano é enxergar as obrigações antes que elas pesem no caixa. Muitas empresas só percebem o impacto do 13º salário, férias e reajustes sazonais quando já estão com o fluxo comprometido. Antecipar esses movimentos dá fôlego e reduz a necessidade de medidas emergenciais", orienta Mário

2. Controle o estoque com precisão

"O estoque, nessa época, costuma ser um dos maiores vilões do desequilíbrio financeiro. Comprar demais significa paralisar recursos; comprar de menos pode comprometer vendas. Por isso, é fundamental analisar o histórico de consumo, acompanhar a demanda real e ajustar a reposição de forma técnica. Esse cuidado simples protege o capital de giro e evita prejuízos futuros", explica Martins.

3. Prepare o início do ano seguinte para evitar surpresas

"O fim do ano não é um ciclo isolado. Janeiro chega com impostos, férias e retomada de operação, e muitos empresários negligenciam esse acúmulo. Quando a empresa olha apenas para o presente, começa o ano sem caixa e sem margem de manobra. O ideal é planejar o trimestre como um todo, não apenas o mês de dezembro", afirma o advogado.

4. Não adie problemas financeiros: trate-os imediatamente

"Dificuldades financeiras não desaparecem com o tempo elas aumentam. Renegociar contratos, revisar acordos e buscar assessoria técnica logo no primeiro sinal de instabilidade evita que dívidas se tornem impagáveis. Existem mecanismos legais que permitem reorganização e fôlego, mas eles funcionam melhor quando acionados no início do problema", destaca Martins.

5. Transforme disciplina em rotina para blindar o caixa

"A empresa que opera no improviso sente muito mais o impacto do fim do ano. Quando existem processos consolidados de controle de despesas, análise periódica de resultados, revisão de contratos, o gestor toma decisões mais claras e menos reativas. Disciplina financeira não é esforço extraordinário, é hábito. E é esse hábito que sustenta o negócio nas fases de maior pressão", reforça o especialista.

Sobre Martins Cardozo Advogados Associados

Criado em maio de 2017 por José Eduardo Cardozo, o Escritório Martins Cardozo Advogados Associados, com sede em Brasília e filial no Rio de Janeiro, se destaca por sua capacidade de enfrentamento de demandas jurídicas complexas, propondo a realização de uma advocacia especializada na defesa dos interesses de nossos clientes e na solução de suas demandas. O trabalho do Escritório é fruto da experiência e da vivência dos seus profissionais na vida pública, na academia e na advocacia, com atuação jurídica especializada: o que permite a construção de uma base sólida para o atendimento dos seus clientes.